" Velho Chico vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti Não me ensinas
E eu sou só,eu só,eu só,eu..."
(Caetano Veloso - O Ciúme)
Rio São Francisco
Velho rio que ainda
Acolhe generoso
Quem dele se aproxima
Caminho às margens
E percebo vidas
Toco nos coqueirais
E mergulho na lenda
Deslizo nas dunas,
Aceno aos ribeirinhos e
Imagino histórias.
Observo as lavadeiras
E relembro seus cantos.
Penso no peixe, nas frutas
E no arroz irrigado,
Subsistência do Homem
Que vive do rio e para o rio.
Cumprimento o barqueiro
E o velho pescador de olhar sofrido,
Com a lembrança
Da pujança do rio de outrora.
Sinto, reconheço
A tragédia anunciada
No assoreamento
Do rio que agoniza
Velho, velho Chico
Encanto, saudade e pranto
De quem te sonhou
Crescente e
Te reencontrou
Minguante.
Nas minhas últimas férias, visitei a foz do Rio São Francisco e entristeceu-me a desesperança dos ribeirinhos com a tragédia anunciada do rio agonizante. A eles minha solidariedade irrestrita.
Fotos por Décio Torres disponibilizadas no end http://picasaweb.google.com/ednalnascimento/VelhoVelhoChico
EDNA LOPES
Publicado no Recanto das Letras em 14/02/2008 Código do texto: T859621**Publicado também no site Anjos de Prata, para o Tema Livre.
Um comentário:
Por favor, gostaria de saber quem é o autor da poesia. Gostaria de usá-la em um caderno educativo sobre recursos hídricos.
Meu nome é Ricardo Silva, meu e-mail é ricardosilva@suape.pe.gov.br
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