“Porre: será que quem viu um,
viu todos? Pura filosofia...”
- Edna Lopes -
Lá vai um homem às apalpadelas,
enquanto anda, canta e mente.
Vem sorrindo para as janelas,
um sorriso bem contente.
Vem andando aos trambolhões,
pedindo licença a gato e cachorro.
E olhando para seus botões,
vê das calças nascer um jorro.
Encostado na esquina,
estanca o ébrio para se guiar,
não sabe se vai pra a jogatina
ou se despenca para o bilhar.
Tropeçando na calçada
acelera o passo e cai,
e com o riso da molecada
levanta, sacode a poeira e sai.
Vai embora pra Pasárgada,
lá é amigo do rei.
Lá se bebe de talagada
sem temer homem da lei.
O pinguço é artista
quando se lava na aguardente.
Poesias? Tem uma lista,
que vai recitando de presente.
O duro é na segunda-feira,
quando os dias perdem a cor,
pois se acaba a bebedeira,
do sisudo professor.
viu todos? Pura filosofia...”
- Edna Lopes -
Lá vai um homem às apalpadelas,
enquanto anda, canta e mente.
Vem sorrindo para as janelas,
um sorriso bem contente.
Vem andando aos trambolhões,
pedindo licença a gato e cachorro.
E olhando para seus botões,
vê das calças nascer um jorro.
Encostado na esquina,
estanca o ébrio para se guiar,
não sabe se vai pra a jogatina
ou se despenca para o bilhar.
Tropeçando na calçada
acelera o passo e cai,
e com o riso da molecada
levanta, sacode a poeira e sai.
Vai embora pra Pasárgada,
lá é amigo do rei.
Lá se bebe de talagada
sem temer homem da lei.
O pinguço é artista
quando se lava na aguardente.
Poesias? Tem uma lista,
que vai recitando de presente.
O duro é na segunda-feira,
quando os dias perdem a cor,
pois se acaba a bebedeira,
do sisudo professor.
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