domingo, 10 de junho de 2007

Ronda


Há um pássaro que ronda
meus sonhos.
E com suas longas
asas escreve tristonho
seu nome
em meu peito.



Em noites longas
o pássaro vaga
em largas ondas
trazendo no dorso
imagens que bailam
em meu leito.



Seu vôo lento,
de beleza deslumbrante,
é sopro de alento
ou triste lamento
de desejo
distante.



Há um pássaro que sonda
meus sonhos.
E com sua longa
asa afaga
as mortas horas
da minha madrugada.


Por fim voa o pássaro, triste,
levando no dorso
embora,
o sonho que a tudo assiste
sem ver a morte
da hora.

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